Pular para o conteúdo principal

Palco Giratório 2009 entra em cena em SC


Mais de 200 atrações culturais acontecem gratuitamente em Florianópolis e outras sete cidades do Estado - , de 1º a 30 de setembro

O Serviço Social do Comércio SESC-SC traz à cena catarinense a 6ª edição do Festival Palco Giratório, que anualmente reúne montagens vindas de diversas partes do país, a partir de terça
(1º). Este ano, o Festival Palco Giratório promove mais de 200 atrações culturais gratuitas entre apresentações de artes cênicas, espetáculos de música, sessões de cinema, oficinas, conferências e debates. No país, serão realizados 10 Festivais este ano.

Durante todo o mês de setembro, o Palco Giratório apresenta, diariamente, uma variedade de espetáculos com grupos e companhias de oito estados - Amazonas, Paraíba, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul - além das produções catarinenses. Criado em 1998, o projeto Palco Giratório já promoveu a circulação de 128 espetáculos, de diversos estados, em circuitos nacionais.

O Palco inicia com a peça “O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado”, primeira experiência de teatro de rua da Companhia São Jorge de Variedades, de São Paulo. Tendo a metrópole como cenário, a peça simula um improvável encontro entre Dom Quixote e São Jorge para discutir o arquétipo do herói na atualidade. A apresentação acontece no Largo da Alfândega, terça (01), às 16 horas.

De Recife (PE), o Coletivo Angu de Sangue de Teatro traz o drama “Angu de Sangue”, adaptação para o teatro dos contos do livro com título homônimo do pernambucano Marcelino Freire. Em 10 estórias interligadas com cenas de passagem, por meio de vídeo e música, o Coletivo propõe uma reflexão sobre a realidade urbana nas grandes cidades, evocando sentimentos como a solidão, e problemáticas como o preconceito e a desigualdade social . Com direção de Marcondes Lima, a peça será apresentada no Teatro Álvaro de Carvalho, TAC, na quarta (02), às 21 horas.

Em “Mangiare”, o Grupo Pedras, do Rio, propõe um “jantar-espetáculo” em que o público é recebido pelos atores e músicos e acomodado em três grandes mesas. As cenas são entremeadas por pratos preparados e oferecidos à plateia como em um cardápio, - com entrada, prato principal e sobremesa. O espetáculo dialoga com temas relacionados à comida: seu uso como instrumento de cura, a compulsão, e a sua capacidade de evocar a memória. A apresentação será no teatro SESC Prainha, dia 15, às 21 horas.

Aldeias

As Aldeias são eventos em que espetáculos do Palco Giratório misturam-se à programação cultural das cidades visitadas, incrementando as cenas artísticas locais. Além de enriquecer as cenas artísticas locais, as aldeias estimulam a formação de público e a produção local não só de teatro e dança, mas também nas demais linguagens artísticas, artes plásticas e outras manifestações.

As Aldeias se iniciam com cortejos, quando artistas locais e artistas participantes do Palco Giratório desfilam pela cidade em abertura, e se encerram com o Overdoze, doze horas ininterruptas com as atrações do evento. Atualmente, há 25 aldeias no país que funcionam em rede, integradas e conectadas pelos circuitos do Palco Giratório.

O primeiro cortejo percorre as ruas de Chapecó abrindo a programação local, que inicia com a oficina de dança: performance enquanto signo na contemporaneidade com o artista plástico e performer Franzoi, na sala de dança do SESC, segunda (07), das 09 às 18 horas.

O calendário do Festival engloba ainda a quarta etapa do Sonora Brasil SESC – Formação de Ouvintes Musicais, em um concerto que traz um rico repertório selecionado entre composições para viola e violão de músicos de expressão na história e no cenário da música brasileira. O espetáculo acontece na Casa de Cultura São José, dia 15, às 20 horas. Em paralelo às apresentações de teatro e dança, a programação inclui ainda oficinas gratuitas, enfocando o fazer cênico nas suas mais variadas linguagens e formas de expressão.

As montagens apresentadas no Festival foram escolhidas por uma curadoria nacional e buscam sintetizar a multiplicidade de sotaques e estéticas presentes na cena contemporânea brasileira. O encerramento acontece dia 30, com o espetáculo “O Nome Científico da Formiga”, de Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira. Partindo da colagem como método de criação, a obra discute e questiona o fazer artístico, fala de liberdade e brinca com a percepção do público. O espetáculo utiliza recursos cênicos como a vídeo-projeção no processo de criação. No Teatro Álvaro de Carvalho, TAC, às 21 horas.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Série gay independente mostra a vida de soropositivos e os perigos da AIDS

No dia 21 de outubro começou a ser exibida na internet, a webserie “Positivos”, uma produção independente e realizada sem recursos ou patrocínio que tem como tema principal a AIDS, a partir da história de um grupo de quatro jovens que são soropositivos e dividem um apartamento. A trama tem temática gay e se passa no Rio de Janeiro. A ideia do projeto é alertar a sociedade do perigo da AIDS num período em que existe a falsa sensação de que a epidemia da doença foi controlada e faz muitas pessoas relaxarem quanto aos cuidados preventivos, como o uso da camisinha, por exemplo. Segundo dados oficiais, só no Brasil são mais de 36 mil novos casos por ano e mais de 11 mil óbitos em consequência do vírus. Até junho de 2012, mais de 650 mil diagnósticos de HIV no país foram confirmados. Na sinopse da trama, Hernandes (Carlo Porto) foi contaminado nos anos 90, período crítico da epidemia. Casado e com um filha, se separou da mulher quando começou a se sen

PRAIA DE ITAGUAÇU - FLORIANÓPOLIS

Itaguaçu (Florianópolis) Coordenadas: 27° 36' 47" S 48° 35' 23" W Itaguaçu é um bairro nobre da cidade brasileira de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina. Está situado na porção continental do município, ao sul, entre os bair ros de Coqueiros e Bom Abrigo e a Baía Sul. O nome Itaguaçu é de origem tupi e quer dizer literalmente "Viveiro de Pedras Grandes" ou "Lugar onde há Pedras Grandes". Estas pedras constituem interessantes formações de granito à beira da praia de Itaguaçu e em meio ao mar da Baía Sul, havendo mesmo uma lenda que conta de bruxas que teriam sido petrificadas, dando origem às pedras, uma das quais parece ter um chapéu, e também há um conjunto de 6 pedras que formam um tipo de um círculo com uma sétima pedra no meio (alusão a ritual satânico)… Existem pequenas praias urbanizadas nas quais alguns bares e restaurantes são especialmente agradáveis pela vista que se descortina, o que faz com que haja um bom mo

Escultura do boitatá reforça legado de Franklin Cascaes na UFSC

Uma escultura de 13 metros de altura representando o ente folclórico conhecido como boitatá vai integrar o espaço visual da UFSC. O lançamento do projeto aconteceu na manhã da quarta-feira (05/11/09) no Centro de Cultura e Eventos da Universidade. Projetada pelo artista plástico Laércio Luiz da Silva, a obra "Boitatá Incandescente" possui estrutura metálica e será construída a partir de vigas de ferro em forma de I retiradas da ponte Hercílio Luz durante os trabalhos de reforma. A escultura ficará no lago entre os Centros de Eventos e de Convivência.           Maquete do Lago da UFSC O projeto "Boitatá na Ilha da Magia" foi idealizado por Laércio Luiz há 10 anos, com o objetivo de homenagear um grande nome da terra, o artista e pesquisador Franklin Cascaes. Apesar da proposta contar com aprovação do Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina, demorou muito tempo para sair do papel. Agora, dentro dos festejos referentes ao centenário de nascimento de C