A recepção ao Papa Francisco foi calorosa. Brasileiros vindos dos quatro cantos do país, somados ainda aos turistas e fieis estrangeiros vindos de vários países, foi notória a alegria da população, que praticamente abraçou o Sumo Pontífice.
Ao pisar em solo brasileiro, o papa foi recebido pela Presidente da República, Dilma Rousseff, pela corja política do estado do Rio de Janeiro e demais regiões brasileiras, pra variar. Depois dessa recepção 'maravilhosa', Francisco ouviu um lindo coro das crianças. Foi o que salvou a recepção.
Seguindo para a Avenida Presidente Vargas, Francisco foi 'encurralado' pelos fieis, que estendiam suas mãos em carro aberto, enquanto desfilava pelo engarrafamento no centro da cidade do Rio.
Trocando o carro pelo papamóvel, o papa acenou para os milhares de devotos que ali estavam. Sim, essas cenas foram lindas. Chuvas de papel picado do alto dos arranha-céus, puderam ser vistos durante a transmissão do desfile papal.
Passeando pela Avenida Rio Branco, uma das mais importantes do Rio de Janeiro, o servo de Deus continuou acenando para a população e beijou diversas crianças, abençoando-as, com direito à carinhos e sorrisos.
Francisco seguiu viagem até o aeroporto, onde um helicóptero da FAB (Força Aérea Brasileira) o aguardava, para então levá-lo à sede do Governo do Rio, no Palácio Guanabara, situado no bairro das Laranjeiras.
O helicóptero pousou no gramado do Fluminense Football Club, com uma singela homenagem. O número 10 estava gigante no centro desse mesmo gramado, precedido de 'Papa Francisco'. O país do Carnaval, da bunda da mulata e do samba não poderia deixar de homenagear. E dá-lhe 'Tia FIFA' no papa!
O Sumo Pontífice seguiu acompanhado por todo o aparato de segurança possível e imaginável ao Palácio Guanabara. Lá, foi recebido mais uma vez pela Presidente Dilma, pelo Governador Cabral e Prefeito Paes, que se contradiz no sobrenome à Paz proposta pelo nosso querido papa.
Já dentro do Palácio, o 'Papa das Américas' permaneceu sentado junto a presidente Dilma, até que os hinos do Vaticano e do Brasil, tocassem, respectivamente. Ambos de pé, Francisco permaneceu de cabeça baixa, como sinal de respeito ao país e também como se estivesse mentalizando coisas boas para o que viria pela frente.
Após os hinos e aplausos dos convidados presentes (que já não era pouca gente), a presidente Dilma Rousseff deu início ao seu discurso de boas vindas ao Sumo Pontífice.
Dilma tentou passar o tempo inteiro tranquilidade e firmeza nas suas palavras, mas o que transpareceu mesmo foram olhares aflitos que precisavam ser toda hora aparados pelo papa. É como se ela precisasse em cada palavra, receber o aval papal para prosseguir no discurso.
Fazendo a 'política da boa vizinhança', Dilma citou as manifestações que têm acontecido por todo o país (mais precisamente no Rio), simplificando a pauta vinda das ruas. "O jovem quer mudanças imediatas e de qualidade na saúde, na educação, na mobilidade urbana", disse. A presidente ainda salientou: "Temos recebido o apoio de pastorais católicas pelo Brasil, ajudando e muito na erradicação da pobreza, no assistencialismo aos moradores de rua e também na educação", o que é uma verdadeira mentira. Deu-se início ao demagogismo político.
Após seu discurso 'mais ou menos', Dilma cedeu a vez à Francisco. Com uma linguagem 'gran hermana', o servo de Deus alternou o tom de sua voz várias vezes. Seguiu sua linha de raciocínio e entendeu muito bem o recado que Dilma quis passar nas entrelinhas. Dilma praticamente gritou socorro ao Sumo Pontífice para conter as manifestações. É como se ela tivesse feito uma tattoo na testa, escrito: 'SOS PAPA'!
Francisco comentou sobre a recepção calorosa que recebeu do povo e dos políticos ali presentes. Eu, particularmente falando, gostei da parte que ele disse: "Eu não tenho ouro, muito menos prata. O que eu tenho, eu trouxe à todos vocês; Cristo no coração!" Sem sombra de dúvidas, foi o momento mais lindo do seu discurso.
O papa ainda mencionou as manifestações e disse que os jovens são destemidos e vão às ruas lutar pelos seus direitos, e não estão se preocupando com a violência existente. Nessa fala, Francisco cita a repressão policial que custou a vida de alguns jovens durante as manifestações de junho e julho no país. Essa parte também é bem interessante ressaltar, pois Francisco disse praticamente tudo o que queria, simplificando e com um tom forte de repreensão. Dilma que estava calada, permaneceu da mesma forma. Afinal, quem seria ela para retrucar o Sumo Pontífice, não é mesmo?
Após terminar o seu discurso elogiando a cidade e as pessoas que a habitam, Dilma ficou ao seu lado, recebendo os convidados. Dentre os convidados presentes, estavam: Michel Temer (Vice-presidente da República), Henrique Alves (Presidente da Câmara), Renan Calheiros (Presidente do Senado), Joaquim Barbosa (Presidente do Supremo Tribunal Federal), Sérgio Cabral (Governador do Rio de Janeiro), Luis Fernando 'Pezão' (Vice-governador do Rio de Janeiro), Eduardo Paes (Prefeito do Rio de Janeiro), Marta Suplicy e muitos outros.
Uma suposta lista de convidados foi divulgada esses dias. Nomes como o de Fernando Collor de Melo (Ex-presidente da república, atual senador), José Sarney (também ex-presidente da república, ex-presidente do senado e atual senador) estavam presentes.
O momento ápice desse primeiro dia da JMJ 2013, foi a hora que o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, cumprimentou a Vossa Santidade e Dilma, que estava bem à sua frente, mirou-o com um olhar de reprovação, que o fez mudar de semblante na mesma hora. Adriana Anselmo Barata, esposa do governador e filha do empresário Jacob Barata, cumprimentou o papa e a presidente, que ficou estática, olhando-a com nojo, muito nojo.
Esse momento foi impagável. Ficou escancarado na cara da nossa presidente o quanto ela reprova as atitudes do Governo do Rio. É como se ela estivesse gritando pelos olhos: "Tá vendo só, seu FDP! Olha só o perrengue que eu passei aqui no discurso! Veja a MERDA que você fez e que eu estou tentando consertar!"
FONTE: Abaixo a Ditadura 2.0
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