Transtornos de ajustamento com humor depressivo
Por Rafael Cordeiro Bombazar.’.
Ir ao psiquiatra não é querer parecer CHIC muito pelo contrário é estar bem com você mesmo não existe nada de louco nisso e nada de errado.
Existe um consenso na psiquiatria de que, sob certas circunstâncias, o estresse pode causar psicopatologias. Os sinais e sintomas apresentados pelas crianças por exemplo em resposta a estressores físicos e psicossociais são de grande importância para o estudo das patologias psiquiátricas, principalmente com relação ao transtorno de ajustamento (TA). A intensidade do estressor e os Transtornos afetivos podem trazer sérios problemas às crianças durante seu percurso até a idade adulta.
A característica essencial do TA é o desenvolvimento de sintomas emocionais ou comportamentais significativos em resposta a um ou mais estressores psicossociais identificáveis. A importância clínica da reação é indicada por um acentuado sofrimento, que excede o que seria esperado, dada a natureza do estressor, ou por um prejuízo significativo no funcionamento social, profissional ou acadêmico. Segundo a definição da Classificação Internacional de Doenças – décima versão (CID-10), o TA agudo deve resolver-se dentro de seis meses após o desaparecimento do estressor.
De acordo com a CID-10, o TA crônico ou reação depressiva prolongada (F. 43.21) indica a persistência dos sintomas por mais de seis meses, porém não excedendo dois anos.A mesma classificação faz um apontamento importante referindo que, nas crianças, os fenômenos regressivos, tais como enurese noturna, falar de modo infantil ou chupar o dedo, são freqüentemente parte do padrão sintomatológico.Ambos os sistemas, CID-107 e DSM-IV,8 referem que o TA pode se apresentar com humor depressivo, misto de ansiedade e depressão ou ainda com perturbação mista das emoções e da conduta.
O diagnóstico de TA com humor depressivo exige o predomínio de sintomas tais como tristeza, choro e sentimentos de desesperança. O diagnóstico diferencial é amplo, no sentido de excluir não apenas transtornos do humor, como depressão maior, transtorno bipolar ou distimia, mas também luto sem complicação.
O tratamento de uma pessoa com um quadro desses requer muito amor e carinho, muita atenção mais sempre dando ao paciente uma resposta firme e exata para levá-lo a um nível mais rápido de atividades que o recoloquem em uma rotina social confortável para ele, e aos poucos o reabilite não para que se esqueça do seu problema mais que o faça seguir em frente com uma vida normal e que somente em último caso mesmo quando se já não consegue conciliar família, filhos, trabalho, estudo, sua vida, procurar uma terapia ocupacional ou até mesmo recorrer a uma aposentadoria por invalidez.
REFERÊNCIA:
Lee Fu Ia, Eliana Curatolob e Sonia Friedrichc
Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (SEPIA-IPq-HCFMUSP).
Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes.
Professora do Curso de Pós-graduação em Psiquiatria do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Publico Estadual (IAMSPE)
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